sábado, 25 de outubro de 2014

PAPO DE COXIA - OS TERMOS "MERDA" E "QUEBRAR A PERNA" NO TEATRO/DANÇA/ETC.

TERMO MERDA NO TEATRO 


A expressão nasceu da língua francesa, merde na França no século XIX. O público chegava às casas teatrais em carruagens ou a cavalo. Os arredores do teatro era lotado das fezes desses animais: além do odor insuportável, significava que muita gente havia comparecido para assistir ao espetáculo. Assim, a expressão “merda” passou a significar boa sorte para a companhia.

Outra passagem diz repeito ao autor inglês William Shakespeare que, ao ver a quantidade de excrementos em frente ao teatro, emprestou o termo “merda” para desejar boa sorte antes dos espetáculos começarem.

Ainda tem mais essa história: um ator iria apresentar a peça mais importante de sua vida, estava nervosíssimo, pois na plateia estariam os mais importantes críticos da cidade. No percurso de sua casa ao teatro encontrou muitos obstáculos. Primeiro, deparou-se com um incêndio, teve que desviar e acabou se perdendo. Como quem tem “boca vai a Roma”, conseguiu chegar ao teatro. Na porta do teatro, para completar suas asneiras, pisou em um cocô.

Entrou, atuou e saiu muito feliz com a melhor atuação de sua vida.

Nunca deseje “Boa sorte” para um ator ou para uma companhia antes de um espetáculo e nem agradeçam, ou fale Merda também ou fique calado.



TERMO QUEBRAR A PERNA


Mais estranho do que desejar merda a um ator, seria desejar que ele quebrasse a perna, mas não para os britânicos e norte americanos. Não se pode afirmar certamente a origem da expressão, mas uma das possíveis explicações seria à expectativa do elenco para que os aplausos do público sejam tantos e tão fervorosos que as “pernas” do teatro (parte lateral onde ficam as cortinas) se rompam e levem o teatro abaixo.

Outra versão é que este termo foi criado durante uma das muitas guerras em que os americanos estiveram envolvidos. Antes de partir para o fronte de batalha, os soldados diziam uns aos outros: “quebre uma perna”. Este seria o melhor destino que o soldado poderia ter durante o combate. Afinal, mesmo ferido, o soldado continuaria vivo e, melhor, seria dispensado, retornando assim ao seu lar.

E, há ainda uma terceira versão que remete ao ato de o público, ao final do espetáculo, jogava moedas para os atores, de forma a demonstrar o quanto havia gostado da peça. Quanto mais os artistas fossem obrigados a se abaixar para apanhar sua recompensa, mais suas pernas sofreriam com o exercício. Ou seja, o sobe e desce para recolher o dinheiro espalhado pelo palco poderia quebrar-lhes uma das pernas. 



quinta-feira, 9 de outubro de 2014

PRÓLOGO "ENXERGAR ALÉM DOS OLHOS"

ENXERGAR ALÉM DOS OLHOS


O ator deve enxergar além dos olhos. Deve “enxergar” com os outros sentidos (audição, tato, paladar e olfato). Estes devem também ser os olhos do ator. Na falta de um o outro deve auxiliar a fazer com que o ator entenda e compreenda o que está a sua frente, próximo ou em seu poder. Estes sentidos ativam a memória fotográfica. Através de um toque, ou de um cheiro ou de qualquer outro sentido a nossa memória é ativada como uma captura que temos em nossas experiências. Nosso cérebro serve como um arquivo de imagens. Quando alguns sentidos nos ajudam a termos a ideia do que estamos querendo saber é através do nosso conhecimento já vivido e presenciado que nos da a ideia ou uma aproximação. O ator deve ser observação e um ser curioso. Qualquer objeto, seja ele o que for, não deve ser simplesmente passado ou ignorado, devemos ter a curiosidade de tocar, cheirar, sentir o gosto, o cheiro, enfim descobrir cada detalhe,pois esse pode ser a diferença que faz o ator estar á frente de outro. Sendo assim torna-se um ser pertinente a conhecer o desconhecido para que isso um dia o ajude a ser descoberto pelos seus sentidos além da visão dos olhos.