terça-feira, 11 de junho de 2013

Análise crítica do espetáculo “Especial QPA” – Cia. Quem Procura Acha


Análise crítica do espetáculo “Especial QPA” – Cia. Quem Procura Acha – Apresentação do Mapa Cultural de São Carlos de 2013


O espetáculo logo apresenta que o modo de se ver uma peça será diferente. Com a utilização de um instrumento musical e com a dinâmica de clow e nem tanto do palhaço, onde as duas palavras podem significar quase a mesma coisa, mas com origens diferentes, pois, a palavra palhaço tem origem italiana e se relaciona geralmente com a feira e a praça e o clow ao palco e ao circo. Os atores proporcionam a interação da plateia de imediato, realizando uma simples troca de musicalidade e palmas, criando uma sincronia. Esse artifício quebra o gelo do público com a atuação. Com o decorrer do tempo os atores brincam com a música, remetendo a personagens conhecidos da grande maioria como a Pantera Cor de Rosa e uma semelhança ao som característico da Família Addams. O jogo lúdico traz para dentro do palco o próprio público, se utilizando de brincadeiras simples, mas de muito apelo do riso. Com a movimentação dos atores em realizar mímicas bem distintas o público canaliza a sua atenção de se deixar vivenciar com a proposta. A Cia. QPA trabalha muito bem com o proporcionar as pessoas a sensação de fazer teatro, quando algumas sobem ao placo e participam e ajudam a criar as cenas. Exercícios lúdicos são utilizados pelos atores de forma que os participantes percam toda a inibição e acabam construindo o ritmo da peça. Clichês? Quem disse que ainda não funcionam? Os clows Tom e Bocão articulam muito bem a configuração dos movimentos dos corpos dos participantes. A festa de aniversário foi transportada para dentro do palco. Cativante e divertida com um figurino adequado. Praticamente sem o uso de cenário e a iluminação simples que não comprometeu a proposta levou á todos a um nível de relaxamento. Por outro lado, ao quebrar o clow e introduzir a cena mais falada a Cia. utilizou-se de diálogos mais “pobres”, o famoso besteirol, e as cenas ficaram com caráter pastelão, de que certa forma pode ser útil, mas com um exagero sem sentido e sem propósito no espetáculo. Não “caiu” bem a quebra do encanto do clow que nos remete ao Charlie Chaplin entre outros artistas que realizaram essa arte de uma forma magistral. Com a música de encerramento, mais uma vez a Cia. trabalhou com um som que ativou a memória da plateia, levando todos a infância, mas com uma pitada de alegria e dinamismo feito pela Cia. No âmbito geral um espetáculo muito divertido, porém com alguns deslizes finais. Essas são observações e uma análise que nunca serão destrutivas, mas sempre com o intuito de poder ajudar.



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