quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

PRÓLOGO "UMA ARTE DESPRESTIGIADA"


UMA ARTE DESPRESTIGIADA



Na cidade de São Carlos, no dia 16 de dezembro na Oficina Cultural Sérgio Buarque Sérgio de Holanda, ocorreram mais uma vez as eleições dos membros para o Conselho Municipal. Essa forma tem como propósito, proporcionar as pessoas que compõem a sociedade civil junto com o poder municipal, voz nas diretrizes de verbas destinadas para diversas áreas. Mais uma oportunidade de democracia que há muito tem o seu sentido principal fora do foco originalmente sugerido. A presença de algumas pessoas relata o não conhecimento da maioria sobre a formação desse Conselho e sobre a inaptidão de funcionalidade dele nos últimos anos. Não generalizando, mas creio que poderia estar mais bem gerido por pessoas mais capazes. São sempre os mesmos que circulam, trocam de posições, tendo os “cargos” dispostos pelas eleições sim, mas muitas vezes pelo apoio de amigos e colegas que só vão para ajudar as pessoas amigas e pouco sabem, apenas atendendo interesses individuais. Não critico essas pessoas, pois se muitos não vão e não se articulam, pelo menos existem pessoas que se propõem a tentar construir um caminho, tendo ela o propósito que lhe convém. O certo é que fiquei decepcionado com a mobilização das pessoas. O que se viu, foram conchavos políticos, como tudo deve ter, mas com um ar de posição a ter no conselho para poder ter certo poder a definir o rumo de alguma verba. Concordo que cada um tem que trabalhar pela sua área e lutar para que o trabalho melhore e se solidifique, mas nos discursos, a palavra de unir todas as áreas em um único objetivo para trabalhar em união, foi apenas o desejo de agradar os ouvintes sem nenhuma verdade na transmissão. Difícil julgar o sentido, mas a leviandade tomou um ar de estranheza. Com os prós e contras, o que me chamou mais atenção, é que mesmo assim há certa comunicação eficaz e um desejo das diversas áreas em trabalhar pela cultura em seu foco, sentido que a área das Artes Cênicas deixou a desejar, com o número pífio de eleitores. Para se cobrar, tem que participar, tem que se articular e mostra força. Infelizmente a “galera” que trabalha com o teatro mostra que a arte que tanto proclamam juras de amor, na verdade só desprestigiam a oportunidade de trabalhar por ela na cidade. Falar que trabalha e que está difícil é fácil, mas arregaçar as mangas e fortalecer as alianças, somente em palavras soltas nas reuniões e conversas informais. Até quando a “galera” do teatro que se diz com potencial para frutificar e prosperar, vai ficar nas palavras que serão mais fortes no ar do que ações verdadeiras para que assim as palavras tenham credibilidade. Mais uma vez o pessoal do teatro demostrou uma enorme desunião e uma falta de comprometimento com “aquilo” que eles se acham no direito de chamar “sua arte”.

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