quinta-feira, 29 de maio de 2014

WILLIAM SHAKESPEARE - GLOBE DE SHAKESPEARE



WILLIAM SHAKESPEARE



GLOBE DE SHAKESPEARE


Globe Theatre ou The Globe é um teatro inglês construído em 1599 e destruído, em 29 de junho de 1613, por um incêndio, sendo reconstruído em 1614 e encerrado permanentemente em 1642. Uma moderna construção foi erguida e reinaugurada em 1997, a cerca de 200 metros da construção original, sendo agora chamada de Shakespeare's Globe Theatre ou New Globe Theatre. A reconstituição das características originais do Globe foi possível graças a pesquisas arqueológicas.






WILLIAM SHAKESPEARE - OUTROS DEFENSORES DA AUTENTICIDADE DE SHAKESPEARE


WILLIAM SHAKESPEARE


OUTROS DEFENSORES DA AUTENTICIDADE DE SHAKESPEARE


Ainda hoje há estudiosos que defendem a autenticidade das obras de Shakespeare, como Harold Bloom (1930), um importante professor e crítico literário estadunidense. Shakespeariano, um dos grandes defensores da chamada "bardolatria"; escreveu A invenção do humano (BLOOM, 2000) e O cânone ocidental (BLOOM, 2010). Este último coloca Shakespeare como o centro do cânone ocidental, investigando, inclusive, a literatura do Ocidente a partir dele. Quanto ao primeiro, Bloom sugere que Shakespeare nos teria reinventado, que a ele devemos as nossas ideias sobre o que constitui o humano autêntico, dada a originalidade com que constrói suas personagens.

Em trecho ele diz:


                                "Antes de Shakespeare, os personagens literários são, relativamente, imutáveis. Homens e mulheres são representados, envelhecendo e morrendo, mas não se desenvolvem a partir de alterações interiores, e sim em decorrência de seu relacionamento com os deuses. Em Shakespeare, os personagens não se revelam, mas se desenvolvem, e o fazem porque têm a capacidade de se auto-recriarem. Às vezes, isso ocorre porque, involuntariamente, escutam a própria voz, falando consigo mesmos ou com terceiros. Para tais personagens, escutar a si mesmos constitui o nobre caminho da individualização, e nenhum outro autor, antes ou depois (...), realizou tão bem o verdadeiro milagre de criar vozes, a um só tempo, tão distintas e tão internamente coerentes, para seus personagens principais, que somam mais de cem, e para centenas de personagens secundários, extremamente individualizados." (BLOOM, 2000, p. 19)

O trecho claramente sugere que as personagens de Shakespeare, ao contrário das personagens que aparecem antes dele, desenvolvem-se interiormente, a partir da escuta da própria voz interior. As personagens evidenciam a capacidade de transformação, pois elas se recriam: "As peças permanecem no limite exterior da realização humana: esteticamente, cognitivamente, em certos aspectos moral e até espiritualmente. Eles permanecer para além do fim do alcance da mente, não podemos alcançá-los. Shakespeare vai continuar explicando-nos, em parte, porque ele nos inventava ...(BLOOM, 2000, p. 23)

Em A Invenção do Humano, ele faz uma espécie de cânone dos personagens shakespearianos. O livro é sobre seres que nunca existiram, mas ainda assim têm vida eterna: os tipos criados por William Shakespeare. Em tese, ele se compõe de pequenos ensaios sobre as principais peças do autor. Para Bloom, o que faz a diferença em Shakespeare é que ele, dono de um intelecto superior, criou personagens igualmente inteligentíssimos. Bloom considera tais personagens "intelectualmente superiores". (Bloom, 2000, p. 898)

Há também uma ensaísta brasileira defendendo a autenticidade shakespeariana: Heliodora Carneiro de Mendonça, crítica, ensaísta, professora aposentada da Universidade Federal do Rio Janeiro e tradutora. É reconhecida a maior autoridade do Brasil em relação a Shakespeare. Heliodora tenta desmistificar Shakespeare como algo difícil. Considera-o um dos grandes gênios de todos os tempos. No livro Por que ler Shakespeare ela apresenta dados de Shakespeare e resumos de suas obras de uma maneira fácil de entender. Em outro livro Falando de Shakespeare, ela o apresenta para os iniciantes, desmistificando o autor como difícil de ser lido.

James Shapiro é professor de Inglês e Literatura. É especialista em Shakespeare. Shapiro atuou no corpo docente da Universidade de Columbia desde 1985 com o ensino sobre Shakespeare e outros temas, e tem publicado extensamente sobre Shakespeare e a cultura elisabetana.

No seu livro Contested Will: who wrote Shakespeare? (em português, “Testamento contestado: quem escreveu Shakespeare?”), a posição de Shapiro é de que todas essas teorias se equivocam ao levantar questões relacionadas a costumes mais modernos do modo de encarar a literatura. Segundo ele, na época em que Shakespeare viveu, não havia o interesse em saber quem escrevia as obras e de relacionar o seu conteúdo com a vida do autor. Esse costume teria surgido apenas com o Romantismo, a partir do século XIX, na Europa, mais de 200 anos após a morte do autor.

Por isso, tanto a questão da divulgação do nome do autor, quanto a possibilidade de alguém ou um grupo de pessoas se esconder atrás de um pseudônimo parece fora de contexto para Shapiro.

No livro 1599 - Um Ano Na Vida de William Shakespeare a proposta do autor é pegar um ano na vida de William Shakespeare, o ano mágico em que ele escreveu “Henrique V”, “Júlio César” e “Hamlet”, e ver todos os fatos que ocorreram naqueles meses, destacando a sua influência sobre as peças de teatro, e revelando os bastidores políticos e econômicos da corte da Rainha Elizabeth I.

Outro estudioso a defender a autenticidade shakespeariana foi Stanley William Wells (1930) é um Shakespeare erudito. Ele é presidente honorário do Shakespeare Birthplace Trust, Professor Emérito da Universidade de Birmingham, e importante autor de uma série de livros sobre Shakespeare, incluindo Shakespeare sexo e amor, e é editor geral do Oxford.

Há também uma instituição divulgadora de Shakespeare, Shakespeare Birthplace Confiança (SBT) é uma instituição de caridade registrada, educativa e independente com base em Stratford-upon-Avon, Inglaterra, que passou a existir, em 1847, para a preservação como um memorial nacional. Ele também pode reivindicar ser a sociedade mais antiga de conservação na Grã-Bretanha. Não recebendo financiamento do governo ou subsídios públicos, é totalmente dependente do público para o apoio, e depende de doações e da renda gerada a partir de visitantes. 





WILLIAM SHAKESPEARE - FALSIFICAÇÃO

WILLIAM SHAKESPEARE


FALSIFICAÇÃO

Com tantas probabilidades de autores para a escrita shakespeariana, é normal que surjam aproveitadores com suas falsificações.

Sobre a falsificação há algumas situações relevantes a considerar, conforme segue:

Samuel Ireland (1744 - 1800), autor e gravador britânico, é mais lembrado, hoje, como a principal vítima das falsificações criadas por seu filho, William Henry Ireland .

Samuel Ireland foi um fervoroso admirador de William Shakespeare, e em 1793, ao preparar suas "Ideias pitorescas da Avon", ele levou seu filho com ele para Stratford-on-Avon. Em sua busca de informações sobre Shakespeare, Irlanda descobriu com alguns dos habitantes mais antigos que os manuscritos haviam sido transferidos da residência de Shakespeare em New Place to Clopton (casa no momento do incêndio), em Stratford. Para Clopton, ele foi onde aprendeu com o inquilino sobre os manuscritos que ele estava buscando: todos tinham sido destruídos apenas uma semana antes. 

No final de 1794, seu filho, William Henry, afirmou ter descoberto uma escritura de hipoteca assinada por Shakespeare, em um velho baú, que era designado apenas como Mr. H. Na verdade, ele havia forjado o próprio ato, com corte de pergaminho em branco a partir de uma ação antiga, no escritório do seu empregador. Uma carta supostamente escrita por Shakespeare (forjada por Ireland) expressando gratidão para com o Conde de Southampton.

Henry “faz” mais descobertas - uma nota promissória, uma declaração escrita de protestante fé, cartas à Anne Hathaway (com uma mecha de cabelo em anexo), e à rainha Elizabeth - todas supostamente feitas pelas mãos de Shakespeare. Ele alegou que tudo veio do peito do amigo anônimo. Ele "encontrou" livros com notas de Shakespeare nas margens, e manuscritos "originais" de Hamlet e Rei Lear

Em 24 de dezembro 1795, Samuel Irelanda publicou seu próprio livro sobre os papéis, ricamente ilustrado e caro, produzindo um conjunto de transcrições dos trabalhos, chamado Diversos Documentos e Instrumentos Legais sob a mão e selo de William Shakespeare (o livro tem a data de publicação, 1796). Mais gente teve interesse no assunto e o enredo começou a desvendá-lo.

Estes foram logo em exposição na casa de Irelanda em Londres, onde os literatos notáveis ​​compareceram. Outros estudiosos os denunciaram como falsificações. Samuel Irelanda, no entanto, não tinha dúvidas sobre a sua autenticidade, e publicou-os em um volume de folio, em dezembro de 1795. 

Em 1795, Henry tornou-se mais ousado e produziu toda uma nova peça - Vortigern e Rowena. Mas a comparação com outras obras de Shakespeare foi imediata. Percebeu-se que era relativamente simples em comparação com outras obras. Quando os críticos acusaram de falsificação Samuel Irlanda, e seu filho publicou uma confissão - um relato autêntico dos Manuscritos Shaksperian - mas muitos críticos não podiam acreditar que um jovem poderia ter forjado tudo sozinho. 

A reputação de Samuel Irlanda não se recuperou antes de sua morte em 1800. Em 1805, William Henry publicou As Confissões de William Henry Ireland, mas nem a confissão ajudou sua reputação. William Henry Ireland (1775-1835) ainda é lembrado como um falsificador de pretensos documentos e peças teatrais de Shakespeare





segunda-feira, 19 de maio de 2014

WILLIAM SHAKESPEARE - OUTROS DADOS DE SHAKESPEARE

WILLIAM SHAKESPEARE 

OUTROS DADOS DE SHAKESPEARE


Destaca-se que William Shakespeare é o segundo escritor mais citado na língua inglesa. Ele só perde para os autores da Bíblia.                                                                                                                                            
Há a se destacar também que Shakespeare não viveu, como nós, em uma era de Memórias. Poucas pessoas naquele tempo mantinham diários ou escreviam ensaios pessoais (apenas cerca de trinta diários da época do escritor sobreviveram, e somente alguns poucos entre eles podem ser considerados “pessoais”).

Sabe-se que quando o interesse do público começou a migrar da obra para a vida dos autores, já era muito difícil saber algo sobre Shakespeare. As pessoas que tinham conhecido o escritor já não estavam vivas, e as únicas fontes seguras de informação eram cartas, manuscritos literários ou documentos oficiais – e muitos desses ou foram perdidos, ou permanecem fora do nosso alcance.

O primeiro documento com a caligrafia ou assinatura de Shakespeare a ser encontrado – seu testamento – foi recuperado em 1737, um século depois de sua morte. Dezesseis anos depois, um jovem advogado chamado Albany Wallis, vasculhando os títulos da família Fetherstonhaugh, em Surrey, esbarrou em um segundo documento assinado pelo bardo – a hipoteca de uma propriedade que Shakespeare adquiriu em Blackfriars, Londres, em 1613.

Soube-se que há um pedido de concessão de um brasão feito pela família de Shakespeare em 1596 – para outorgar ao artesão de luvas e a seu filho ator o status de cavaleiros – isto apareceu em 1778;

Os meios midiáticos trazem informações curiosas:

No Google, quase 400 anos após a morte de Shakespeare, há 157 milhões de páginas referentes a ele, contra 132 milhões para Deus, 2,7 milhões para Elvis Presley e 14,7 milhões para George W. Bush.



segunda-feira, 12 de maio de 2014

WILLIAM SHAKESPEARE - OUTROS QUE DUVIDAM


WILLIAM SHAKESPEARE

OUTROS QUE DUVIDAM


Há ainda outros que duvidam da autoria de Shakespeare, como John Greenleaf Whittier (18071892) que foi uma pessoa muito importante e um influente poeta e advogado americano. Importante na abolição da escravidão nos Estados Unidos da América. Ele diz a respeito do tema: “Não importa se Bacon ou outro escreveu as peças maravilhosas, mas estou certo de que o homem Shakespeare não o fez, nem poderia”. Ele diz isso pelo fato de Shakespeare não ter tido uma educação apropriada.

Outro é Sir Derek Jacobi (1938), um ator inglês. Jacobi foi envolvido publicamente na questão da autoria de Shakespeare. Ele apoia a teoria Oxfordian, segundo a qual Edward de Vere, conde de Oxford 17, escreveu as obras de Shakespeare. Em 2007, Jacobi e o companheiro ator shakespeariano e diretor Mark Rylance iniciaram uma "Declaração de dúvida razoável sobre a autoria da obra de Shakespeare, para incentivar novas pesquisas sobre a questão”. Em 2011, Jacobi aceitou um papel no filme Anônimo, sobre a teoria Oxfordian. Mark Rylance (1960) é um ator Inglês, diretor de teatro e dramaturgo. Ele foi o primeiro diretor artístico do Globe de Shakespeare, em Londres, de 1995 a 2005.

A Declaração de Reasonable Doubt é uma assinatura de petição, na Internet, que visa a mobilizar um amplo apoio público para a questão da autoria de Shakespeare a fim de ser aceito como um campo legítimo de investigação acadêmica em 2016, o 400 º aniversário de William Shakespeare (morte). A petição foi apresentada para William Leahy da Universidade Brunel pelos atores Derek Jacobi e Mark Rylance, em 8 de setembro de 2007 em Chichester , Inglaterra, depois da matinê final da peça Eu sou Shakespeare sobre o tema da identidade do bardo, com Rylance no título papel. O documento já foi assinado por mais de 2.611 pessoas (em junho de 2013), incluindo acadêmicos atuais e antigos. A declaração foi recebida pelo ceticismo de Shakespearianos acadêmicos e críticos literários que, na maior parte, ignoram ou menosprezaram a ideia de que algum autor escondido escreveu obras de Shakespeare. A declaração foi assinada por figuras públicas proeminentes, incluindo da Suprema Corte dos EUA; Os juízes John Paul Stevens e Sandra Day O'Connor, em eventos encenados colhem assinaturas seguidos de imprensa, a fim de obter publicidade para o objetivo da petição. 

Também há Charles John Huffam Dickens (1812 - 1870), um escritor inglês e crítico social. Ele criou alguns dos personagens de ficção mais memoráveis ​​do mundo e é, geralmente, considerado como o maior romancista do período vitoriano. Durante sua vida, suas obras tiveram fama sem precedentes, e, no século XX, o seu gênio literário foi amplamente reconhecido pela crítica e estudiosos. Seus romances e contos continuam a ser muito populares. É dele essa afirmação: "É um grande conforto, no meu modo de pensar, que tão pouco se sabe sobre o poeta. A vida de Shakespeare é um bom mistério e eu tremo a cada dia para que algo transformar-se". 

Henry James (1843 - 1916) foi um escritor nascido na América, considerado como uma das figuras-chave do século 19, no realismo literário, que assim se pronunciou: "Eu sou 'espécie de' assombrado pela convicção de que o William é o maior e mais bem sucedida fraude já praticada em um mundo doente". 

Sigmund Freud (1856 - 1939) foi um austríaco neurologista que ficou conhecido como o pai fundador da psicanálise, e também se pronunciou: "já não acredito que ... o ator de Stratford foi o autor das obras que foram atribuídas a ele".

Sir Charles Spencer "Charlie " Chaplin (1889 -1977) foi um ator cômico inglês e grande cineasta que chegou à fama na era do cinema mudo. Sua carreira durou mais de 75 anos. Eis seu pronunciamento: "Na obra dos maiores gênios, origens humildes irão revelar-se em algum lugar, mas não se pode traçar o menor sinal deles em Shakespeare ....Quem escreveu Shakespeare tinha uma atitude aristocrática". 

Para Mortimer Jerome Adler (1902-2001), um filósofo americano, educador e autor popular, que trabalhou dentro da aristotélica e tomista das tradições filosóficas, que assim pensava: "Acadêmicos erram em não reconhecer o mistério em torno de 'Shake-speare da" identidade... Eles fariam tanto da educação liberal e das obras de "Shake-speare” um atendimento diferenciado, abrindo a questão ao julgamento de seus alunos, e outros fora do âmbito acadêmico". 

Também Henry Paul Nitze (1907-2004), do alto escalão do governo americano, que ajudou a moldar a Guerra Fria, e a política de defesa ao longo de várias administrações presidenciais, disse: "Eu acredito que as considerações que favorecem a hipótese Oxfordian ... são esmagadoras".

Outro a manifestar-se foi Mark Anderson (1967), jornalista e autor. Autor de Shakespeare by Another Name ("Shakespeare com outro nome", em tradução livre), revela que Vere viveu em Veneza durante seus vinte anos, muitas vezes em dívida aos seus prestamistas (“Mercador de Veneza”). Ele conduziu campanhas militares contra os nobres rebeldes na Escócia (“Macbeth”). Um caso extraconjugal resultou em confrontos entre seus partidários e rivais (“Romeu e Julieta”). E quando de Vere foi desonrado publicamente, ele começou a usar o pseudônimo de "Shake-speare", e apelara à rainha Elizabeth I a sua forma preferida de entretenimento, o teatro.



WILLIAM SHAKESPEARE - PEÇAS ATRIBUÍDAS A SHAKESPEARE DEPOIS DO SÉCULO XVII


WILLIAM SHAKESPEARE 


PEÇAS ATRIBUÍDAS A SHAKESPEARE DEPOIS DO SÉCULO XVII


Uma série de obras anônimas têm sido atribuídas a Shakespeare por leitores e estudiosos recentes. Todas estas reivindicações têm de ser analisadas com ceticismo, afinal, há muitos amantes de Shakespeare sonhando em descobrir alguma obra-prima perdida, e muitas reivindicações atropelam a veracidade das coisas e não consideram o verdadeiro estilo shakespeariano.

No entanto, algumas reivindicações têm sido aceitas pelos principais estudiosos do texto shakespeariano, conforme segue:

- Arden of Faversham (Descreve o assassinato de um tal Thomas Arden) é uma peça anônima impressa em 1592 que, ocasionalmente, tem sido atribuída a Shakespeare. O estilo linguístico e seu enredo são diferentes de outras peças de Shakespeare. A atribuição não é acomodada pelos principais estudiosos, apesar de a análise estilística ter revelado que é de Shakespeare, pelo menos, a cena VIII (a peça não está dividida em atos). Thomas Kyd tem sido o mais considerado autor de grande parte de Arden of Faversham, mas ainda assim, outros dramaturgos têm sido propostos;

- Edmund Ironside é um manuscrito anônimo de uma peça sobre um rei inglês. Eric Sams tem argumentado que foi escrito por Shakespeare, mas poucos estudiosos shakespearianos se convenceram disto;

- Sir Thomas More sobreviveu apenas em manuscrito. É uma peça escrita na década de 1590 e, depois, revista, possivelmente dez anos mais tarde. A peça está incluída na Second Edition of the Complete Oxford Shakespeare (2005);

- Ricardo II, Parte I sobrevive apenas como um manuscrito anônimo e sem título, faltando a sua última página (ou páginas), e agora está armazenado no Egerton Manuscript Collection, na British Library. Alguns estudiosos, observando de perto a obra, atribuíram a autoria da peça a Shakespeare.

A partir de 1987, Ward Elliott (que era simpático à teoria Oxfordiana), e Robert J. Valenza supervisionaram um estudo contínuo que utilizou programas de computador para comparar hábitos de estilo de Shakespeare para as obras de 37 autores que haviam sido propostos como o verdadeiro autor. O estudo, conhecido como o Claremont Shakespeare Clinic, foi realizada no último, na primavera de 2010. 

Os testes determinaram que a obra de Shakespeare mostra-se consistente, com contáveis ​​padrões, perfil de encaixe, o que sugere que ele era um único indivíduo, e não uma comissão; e que ele usou menos orações relativas e mais hífens, ou terminações femininas , e o correr em linhas do que a maioria dos escritores com os quais ele fora comparado. O resultado determinou que nenhum dos trabalhos dos outros "pretendentes” testados poderia ter sido escrita por Shakespeare, nem Shakespeare poderia ter sido escrito por eles, eliminando-se, assim, todos os requerentes cujos conhecidos trabalhos sobreviveram, incluindo Oxford, Bacon, e Marlowe, como o verdadeiro autor do cânone de Shakespeare. 

Ward Elliott é professor das instituições políticas americanas, que fundou da Claremont Shakespeare Clinic (1987-1994). Tratava-se da clínica de computadores usados ​​para analisar os escritos de Shakespeare.









sábado, 3 de maio de 2014

WILLIAM SHAKESPEARE - PEÇAS ATRIBUÍDAS A SHAKESPEARE NO SÉCULO XVII


WILLIAM SHAKESPEARE

PEÇAS ATRIBUÍDAS A SHAKESPEARE NO SÉCULO XVII

Há várias peças publicadas durante o século XVII que carregam o nome de Shakespeare na primeira página (ou somente a sigla "W.S."), sendo que essas peças não apareceram no First Folio. Alguns desses textos (tais como Péricles) são tidos, pela maioria dos amantes de Shakespeare, como peças escritas por ele (nem que ele tenha escrito apenas algumas partes). Outras possuem uma linguagem que, segundo alguns críticos, é completamente atípica, o que as torna difíceis de serem tidas como obras escritas por Shakespeare.

Existem várias explicações concebíveis para a razão destas peças terem sido excluídas do First Folio:

- as atribuições da capa são simplesmente mentiras feitas por editoras comerciais fraudulentas que usaram a reputação de Shakespeare;

- estas outras peças são colaborativas e não apenas de autoria de Shakespeare (embora valha sempre recordar que Henrique VIII, Henrique VI, parte 1 e Timão de Atenas não foram excluídas, enquanto a análise moderna de linguagem estilística sugere que estas peças sejam colaborações);

- Shakespeare pode ter tido um papel editorial na criação das peças, sendo que, ao invés de ter Shakespeare como autor, elas apenas poderiam ter sido simplesmente baseadas num esboço dele;

- foram escritas para companhias diferentes da The King's Men, talvez nos primeiros anos da carreira de Shakespeare e, por isso, esses textos permaneceram inacessíveis a Heminges e a Condell quando compilaram o First Folio.

Nenhuma das hipóteses acima se relaciona diretamente ao grupo inteiro; cada peça que fora ignorada precisa ser observada individualmente:

- The Birth of Merlin (O Nascimento de Merlin) foi publicada em 1662 como trabalho de Shakespeare e William Rowley. Essa atribuição tem um caráter provavelmente fraudulento, ou errado, pois não há provas inequívocas de que a peça tenha sido escrita em 1622, seis anos após a morte de Shakespeare. É pouco provável que Shakespeare e Rowley tenham trabalhado juntos, porque eram dois rivais, embora fossem os principais dramaturgos da companhia. A peça tem sido descrita como "engraçada e colorida", mas o consenso crítico segue a conclusão de Henry Tyrrel, ao dizer que a peça "não possui nem um único vestígio de ter sido escrita pelo gênio de Avon";

- Locrine (alusiva à Guerra de Troia) foi publicada em 1595 como "recém-estabelecido, supervisionado e corrigido por W.S.". A peça tem um texto rígido e versículos formais, que fazem os críticos suspeitarem da autoria ser de Shakespeare; mas, é concebível que talvez Shakespeare tenha sido encarregado de pôr ordem em uma peça já antiga. 

- The London Prodigal (A Londres Pródiga) foi impressa em 1605 sob o nome de Shakespeare. Como se trata de uma peça do The King's Men, Shakespeare pode ter tido um papel secundário em sua criação;

- Péricles, Príncipe de Tiro foi publicada sob o nome de Shakespeare, mas sua escrita desigual sugere que os primeiros dois atos tenham sido escritos por outro dramaturgo;

- The Puritan (O Puritano) foi publicado em 1607 e atribuído a ' W.S.' Acredita-se que essa peça é de autoria de Wentworth Smith;

- The Second Maiden's Tragedy (A tragédia da Segunda Donzela) sobreviveu somente em manuscrito. No século XVII, três nomes foram destacados: Shakespeare, Thomas Goffe e George Chapman. No entanto, a análise estilística indica expressamente que o verdadeiro autor é Thomas Middleton (dramaturgo inglês);

- Sir John Oldcastle (um controverso lollardista) foi originalmente publicada em 1600, atribuindo-se a autoria a William Shakespeare. Em 1619, uma segunda edição também atribui a Shakespeare. No entanto, o diário de Philip Henslowe (empresário inglês) registra que foi escrita por Anthony Munday, Michael Drayton, Richard Hathaway e Robert Wilson (dramaturgos ingleses);

- Thomas Lord Cromwell (foi um estadista inglês que serviu como primeiro-ministro de Henrique VIII no período de 1532 a 1540) foi publicada em 1602 e atribuída a "W.S." Assim, o nome de Wentworth Smith entra novamente em hipótese;

- Os Dois Nobres Parentes foi publicada como uma colaboração entre Shakespeare e John Fletcher, o jovem dramaturgo que teve mais trabalhos no The King's Men do que Shakespeare. A maioria dos estudiosos concordam com esta atribuição;

- A Yorkshire Tragedy (Uma Tragédia de Yorkshire) foi publicada, em 1608, como uma obra escrita por Shakespeare, e uma minoria de leitores apoiam esta alegação. No entanto, o peso dos elementos de análise estilística apoia Thomas Middleton;

- Eduardo III foi publicada anonimamente em 1596. Esta foi, pela primeira vez, atribuída a Shakespeare, em um livreiro do catálogo publicado em 1656.





WILLIAM SHAKESPEARE - SHAKESPEARE APÓCRIFO

WILLIAM SHAKESPEARE

SHAKESPEARE APÓCRIFO



É o nome dado a um grupo de peças teatrais que têm sido atribuídas, às vezes, a William Shakespeare, embora essas atribuições sejam devidamente questionáveis. Esses estudos são separados do debate acerca da identidade de Shakespeare, que trata da autoria dos trabalhos atribuídos tradicionalmente a Shakespeare.