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VIDA DE WILLIAM SHAKESPEARE
Em 1623, John Heminges e Henry Condell (atores), dois amigos de Shakespeare no King's Men, publicaram uma compilação póstuma das obras teatrais de Shakespeare, conhecida como First Folio. De suas obras restaram, até os dias de hoje, 38 peças,154 sonetos, dois longos poemas narrativos, e diversos outros poemas. Shakespeare produziu a maior parte de sua obra entre 1590 e 1613.
É impossível estabelecer as datas exatas das obras de Shakespeare, mas pode-se classificá-las em quatro grupos, que representam os períodos de sua vida, da juventude à velhice: as obras do primeiro período são marcadas por sonhos juvenis e pelo espírito exuberante; o segundo período foi o das grandes crônicas e comédias românticas; o terceiro período foi a depressão e a tristeza que as marcaram (motivo da desilusão que levou o dramaturgo a sentir-se deprimido durante essa fase da vida, não se sabe ao certo); o quarto período, a tempestade abrigada no espírito de Shakespeare parece ter desvanecido. Três categorias: tragédia, história e comédia pertencem a sua produção literária.
Outro ponto importante é observar a composição das personagens shakespearianos. A maioria delas está inserida em situações comuns aos ingleses. Além disso, as personalidades chamavam a atenção, pois iam desde reis enlouquecidos pelo poder, até a história de amores proibidos. Outros ainda habitavam mundos fantásticos e traziam à tona grandes nomes da história antiga. As peças shakespearianas, de modo geral, retrataram uma variedade gigantesca de emoções. Acredita-se que Shakespeare utilizou recursos antigos, como o folclore, a mitologia e certas lendas para compor suas peças. Sua proximidade com a natureza humana fez-lhe maior do que qualquer um de seus contemporâneos. Humanismo e contato com o pensamento popular deu vitalidade ao seu idioma.
Shakespeare usou como ninguém a linguagem para explorar personalidades complexas, criar climas variados e controlar enredos estonteantes, recheados de identidades marcantes e misteriosas.
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