A
VIDA DE WILLIAM SHAKESPEARE
SEXUALIDADE DE SHAKESPEARE
A sexualidade de William Shakespeare foi questionada várias vezes ao longo das décadas e ainda causa polêmica. Provas circunstanciais (presentes em suas peças e, especialmente, em sonetos shakespearianos) sugerem que ele mantinha relações com outras mulheres e que até pode ter se envolvido num interesse erótico por homens.
Essa hipótese foi assegurada por John Mannigham, estudante de advocacia, o qual escreveu em seu diário que Shakespeare havia tido uma breve relação com uma mulher, durante os anos da performance de Richard III.
Possíveis elementos de um dos vinte e seis Sonetos de Shakespeare são dirigidos a uma mulher casada, figurada como Dark Lady.
O Soneto 151 é o 151 de 154 poemas em forma de soneto que foi publicado em uma coleção de 1609, intitulado SHAKE-Speares SONETOS. O soneto pertence ao Dark Lady sequência (sonetos 127-152), que se distingue do A Feira da Juventude sequência, por ser mais abertamente sexual em sua paixão. O Soneto 151 é caracterizado como "obsceno" e é usado para ilustrar a diferença entre o amor espiritual para a Feira da Juventude e o amor sexual para a Dark Lady .
O Fair Youth é o jovem sem nome a quem os sonetos de 1 a 126 são abordados. Alguns comentaristas, observando a linguagem romântica e amorosa usada nessa sequência de sonetos, têm sugerido uma relação sexual entre o autor e o jovem, outros leram como relação de amor platônico.
John Manningham (1622) foi um advogado inglês e diarista, contemporâneo da época elisabetana e jacobina e uma fonte importante sobre a vida e o mundo dramático de Londres. Para os elisabetanos daquele período, o que hoje é denominado homossexualidade ou bissexualidade era conhecido apenas como um ato sexual simples e, no que se refere à sexualidade de Shakespeare, não existe sequer uma prova que o considere bissexual ou homossexual; porém, todas as teorias sobre esse assunto oriundam de uma análise embasada em suas peças e, em particular, de determinados sonetos seus.
As aventuras londrinas de Shakespeare em Nada Como o Sol de Anthony Burgess (1917-1993, escritor, compositor e crítico britânico) incluem uma relação homossexual com o Duque de Southampton – a quem o poeta dedicou, de fato, poemas como “Vênus e Adônis”; e teria havido a paixão por uma exótica mulher oriental de pele escura (ela seria a dama negra, misteriosamente aludida em alguns sonetos). (BURGESS, 2003, p. 54)
Nenhum comentário:
Postar um comentário