WILLIAM SHAKESPEARE
BACONIANOS
Sobre os que acreditam que os textos literais não são de Shakespeare, ainda há a versão de Bacon sobre Sir. Francis Bacon como “autor” ou responsável pela autoria grupal.
Delia Salter Bacon (1811 - 1859) foi uma americana escritora de peças de teatro e contos. Em 1845, Delia Bacon tinha a teoria de que as peças atribuídas a Shakespeare foram escritas por um grupo, sob a liderança de Sir Francis Bacon, com Sir Walter Raleigh como o escritor principal, cuja finalidade era inculcar uma avançada política e sistema filosófico para o qual eles próprios não poderiam assumir publicamente a responsabilidade. Em 1853, com a ajuda de Ralph Waldo Emerson, Delia Bacon viajou para a Inglaterra em busca de evidências para apoiar suas teorias. Em vez de realizar a pesquisa de arquivo, ela procurou descobrir enterrados manuscritos, e tentou sem, sucesso, convencer um zelador para abrir o túmulo de Bacon. Com isso, muitos começaram a seguir essa ideia. Em 1884, a questão havia produzido mais de 250 livros, e muitos afirmam que a guerra contra a hegemonia Shakespeare quase foi vencida pelos baconianos, depois de uma batalha de 30 anos. Dois anos mais tarde, a Francis Bacon Society foi fundada na Inglaterra, para promover a teoria. A sociedade ainda sobrevive e publica uma revista, Baconiana , para continuar a sua missão.
Além de Delia Bacon, convém apontar outros homens que alegavam ser Francis Bacon o autor das peças teatrais:
William Henry Smith (1825 - 1891) foi um inglês empresário que tomou conta da livraria e tabacaria da família Smith , e ampliou a empresa introduzindo a prática da venda de livros e jornais nas estações ferroviárias. Também foi político. Smith foi a primeira pessoa a publicar a alegação de que Francis Bacon foi o autor das peças de Shakespeare, fundando a teoria baconiana. Em setembro de 1856, ele escreveu uma carta descrevendo o seu argumento.
Desde que Delia Bacon tornou-se mentalmente doente logo após a publicação de seu livro, Smith tornou-se o líder do movimento Baconian.
Sir Francis (1561-1626) foi cientista, filósofo, diplomata, ensaísta, historiador, poeta e político bem-sucedido que atuou como advogado geral, procurador-geral e Lord Chanceler.
Os Baconianos chamam a atenção para as semelhanças entre frases específicas das peças e as regras escritas por Bacon em seu Promus, que ficou desconhecido do público por cerca de 200 anos após ter sido escrito. Grande parte dessas entradas foram reproduzidas em peças de Shakespeare. Há, inclusive, um documento em que Bacon confessa estar sendo um "poeta ocultado” e, segundo muitos estudiosos, Bacon estava no conselho governante da Companhia de Virgínia onde escreveu A Tempestade. Além disso, há indícios de que não foi a companhia de Shakespeare quem produziu a sua primeira e famosa peça A Comédia dos Erros, e sim a uma entidade chamada Gray's Inn (associação profissional de advogados e juízes em Londres); inclusive, acredita-se que essa última companhia era controlada por Bacon. Em 1883, a Sra. Henry Pott de Bacon, da editora Promus (caderno onde anotava pensamentos e frases), encontrou 4.400 paralelos de pensamento ou expressão entre Shakespeare e Bacon.
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