domingo, 27 de abril de 2014

WILLIAM SHAKESPEARE - VISÃO DOS QUE NÃO ACREDITAM NA AUTORIA



WILLIAM SHAKESPEARE


VISÃO DOS QUE NÃO ACREDITAM NA AUTORIA


Abaixo seguem argumentos dos que não acreditam na autoria de Skakespeare: 

- alegam que Greene, na verdade, duvidava da autoria de Shakespeare, uma vez que este era um ator que apenas assumia habilidades que não eram suas (corvo) e ganhava de alguma forma (próspero);

- ambiguidade e falta de provas concretas quanto à evidência histórica da autoria de Shakespeare;

- era apenas um homem - provavelmente pago - que assumia os dotes literários de terceiros, que permaneciam anônimos;

-prática adotada por escritores que camuflavam seus nomes, enquanto outros apareciam nas publicações de suas obras;

- a afirmação de que as peças possuem um nível alto de instrução (conhecimentos gerais e línguas estrangeiras) maior do que aquele que se sabe, Shakespeare chegou a conhecer;

- a evidência sugestiva de que o autor faleceu quando Shakespeare de Stratford ainda estava vivo;

- os registros de alunos que frequentaram a mesma escola não sobreviveram, de modo que essa afirmação não passa de uma especulação, pois não prova se Shakespeare estudou nela ou não;

- não há evidências provando que o bardo frequentou algum tipo de universidade;

- certas referências contemporâneas de Shakespeare têm reforçado a tese de que as obras shakespearianas, para terem sido escritas, não precisariam de uma quantidade pouco usual de ensino: a homenagem de Ben Jonson, no First Folio de 1623, afirma que as peças eram longas, embora tivessem "um latim pobre e pouco grego"; essa explicação não contraria o argumento de que o verdadeiro autor também precisaria ter conhecimento em línguas estrangeiras, ciências modernas, conceitos sobre guerra, aristocracia, esportes, política, caça, filosofia natural, história, falcoaria e direito;

- dúvidas quanto à autoria expressas pelos próprios contemporâneos; mensagens codificadas em alguns trabalhos que parecem identificar outro autor (como a sigla "W.S."- Wentworth Smith, um obscuro dramaturgo a quem caberia bem à sigla, por ter as mesmas iniciais de Shakespeare);

- a falta de informações biográficas, às vezes, tem sido tomada como uma indicação de uma tentativa organizada por funcionários do governo, para expurgar todos os traços de Shakespeare a partir do registro histórico, e para esconder a identidade do verdadeiro autor. Por exemplo, a falta de registros de frequência para a escola de gramática de Stratford é tomado como sugestão de que estes podem ter sido destruídos para esconder prova de que Shakespeare não compareceu à escola;

- retratam a cidade como um remanso cultural, faltando o ambiente necessário para cultivar um gênio e representar Shakespeare, já que era formada por ignorantes e analfabetos;

- apontam o hífen usado em "Shake-speare" como a utilização de um pseudônimo;

- o testamento de William Shakespeare é longo e explícito, listando posses de uma bem-sucedida burguesia. No entanto, o documento não faz qualquer menção à vida particular, nem lista cartas, tampouco livros de qualquer tipo. Além disso, não dá nenhuma pista quanto à carreira literária de Shakespeare, e não se refere a nenhuma ação no Globe Theatre, sendo que eram ações extremamente valiosas;

- alguns estudiosos afirmam que existe pouca informação topográfica nos textos, e erros, como quando se refere à Verona e Milão como portos marítimos;

- sugerem que as informações acima provam que o autor das peças precisaria ter viajado e ter tido experiências nessas regiões, e, assim, concluem que essa figura teria sido um diplomata, um aristocrata, ou um político, menos o homem de Stratford;

- afirmam que as peças de Shakespeare contêm diversos coloquialismos, como designações de itens raros na flora e na fauna de Warwickshire, onde Stratford-upon-Avon está localizada, como 'amor de ociosidade', em Sonho de Uma Noite de Verão. Essas designações, segundo esses estudiosos, sugerem que quem escreveu as peças foi um nativo de Warwickshire. Investigadores salientam, contudo, que o Conde de Oxford, um dos possíveis autores das peças, era proprietário de uma casa senhorial em Bilton, Warwickshire, o que poderia pôr em xeque essa afirmação ortodoxa dos principais estudiosos, apesar dos registros mostrarem que a propriedade era alugada, e que fora vendida em torno de 1581.

- esposa e filhas eram analfabetas, sugerindo que o pai não ensinou seus filhos nem a ler ou escrever;

- para se ter a capacidade de escrever todas as peças atribuídas à Shakespeare, seria preciso de uma prática de escrita, nem que fosse o recebimento ou a emissão de cartas, ou pequenas anotações; mas essas não existem ou, se existem, não passam de especulações; quanto a isso, os estudiosos acham inacreditável não haver nenhum registro de escrita por parte de Shakespeare;

- provavelmente, naquela época, apenas personalidades aristocráticas ou estudantes universitários poderiam ter uma profunda compreensão de política, direito e idiomas;

- acentuam que à medida em que a descrição do dramaturgo em relação à nobreza é altamente pessoal e multifacetada, seu tratamento em relação à classe baixa é completamente tencionada ao lado cômico;

- a maioria das observações anti-stratfordianas acreditam que o verdadeiro autor das peças viajou muito e para lugares bem distintos, uma vez que muitas das peças mostram grande atenção a locais europeus, além de apresentar alguns detalhes dessas regiões.





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