domingo, 27 de abril de 2014

WILLIAM SHAKESPEARE - VISÃO DOS QUE ACREDITAM NA AUTORIA


WILLIAM SHAKESPEARE


VISÃO DOS QUE ACREDITAM NA AUTORIA



Segundo a visão dos que acreditam na autoria, vários acontecimentos a comprovariam Shakespeare como real autor:

- esteve matriculado na Escola do Rei, em Stratford, até os seus quatorze anos, onde teria estudado o latim, a língua grega e uma vasta literatura, incluindo nomes como Ovídio e Platão, além de poemas franceses, histórias nacionais e romances italianos;

- não há evidências provando que o bardo frequentou algum tipo de universidade, mas isso era comum entre os dramaturgos da época e muitos conseguiram muito reconhecimento e respeito independentemente disso;

- certas referências contemporâneas de Shakespeare têm reforçado a tese de que as obras shakespearianas, para terem sido escritas, não precisariam de uma quantidade pouco usual de ensino: a homenagem de Ben Jonson, no First Folio de 1623, afirma que as peças eram de muita grandiosidade, embora tivessem "um latim pobre e pouco grego";

- Shakespeare era um homem que foi prosperando durante sua vida: várias de suas peças foram realizadas regularmente nas residências reais (corte), e, assim, talvez ele tenha se envolvido com a aristocracia, de tal forma que conseguiu conhecê-la mais de perto;

- argumento sobre a classe social é reversível: as peças contêm detalhes da classe baixa da qual os aristocratas provavelmente não tiveram conhecimento. Muitas das personagens shakespearianas mais encenadas pertencem à classe inferior, ou, pelo menos, são sempre associadas a isso;

- a maioria das observações anti-stratfordianas acreditam que o verdadeiro autor das peças viajou muito e para lugares bem distintos, uma vez que muitas das peças mostram grande atenção a locais europeus, além de apresentar alguns detalhes dessas regiões. Acerca disso, os ortodoxos respondem que diversos enredos de peças da época, escritas por outros dramaturgos, tinham como locações lugares estrangeiros, e o estilo de Shakespeare era inteiramente convencional a esse respeito;

- um panfleto de 1592, do dramaturgo Robert Greene, que contém uma sátira na qual Greene chama um determinado dramaturgo de sua época de “Shake-scene”, ou, literalmente, abalador de cena;

- a riqueza de detalhes em suas obras como O Mercador de Veneza na qual demonstra conhecimentos detalhados sobre a cidade, como o fato de que o Duque manteve dois votos na Câmara Municipal, e sobre um prato de pombas cozidas foi, em uma época, dado de presente a um dom em sua homenagem, no norte italiano. Shakespeare também utilizou o termo local traghetto para referir-se ao modo de transporte veneziano;

- O monumento da tumba de Shakespeare em Stratford, construída uma década após sua morte, apresenta-o, atualmente, com uma caneta à mão, o que sugere que ele era conhecido como dramaturgo, poeta;

- Anne e sua filha Judith eram analfabetas, sugerindo que o pai não ensinou seus filhos nem a ler ou escrever, mas isso não implica muito questionamento, pois era comum mulheres da classe média serem analfabetas, no século XVII;





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